E assim Dom Casmurro começa a contar sua história de vida, da adolescência até sua vida adulta. Tudo começa quando ele vivia em um casarão com sua família na rua Matacavalos, onde sua vizinha, Capitolina, mais conhecida como Capitu, era seu grande amor.
Durante uma conversa entre sua mãe, dona Glória, tio Cosme, prima Justina e José Dias, Bentinho ficou preocupado, pois sua mãe queria que ele se tornasse padre, pelo motivo de uma promessa que D. Glória havia feito antes mesmo de Bento nasceer, e foi nessa conversa que dona Glória descobriu a amizade estreita que existia entre Capitu e Bento.
               Bento logo corre para contar a notícia para Capitu, e a vizinha ouve tudo com atenção e começa a arquitetar uma maneira de Bentinho escapar do seminário, onde estudaria para ser padre, como desejo de sua mãe, mas todos os seus planos fracassam. O garoto segue para o seminário, mas, antes de partir, dá um beijo em sua amada, jurando casar com ela.
No seminário, Bentinho conhece Ezequiel de Souza Escobar, ele atendia por Escobar, que logo se torna seu melhor amigo, e em uma visita a sua família, Bento leva Escobar e Capitu o conhece.
Enquanto o garoto estuda para se tornar padre, Capitu melhora sua relação com dona Glória, que começa a ver com bons olhos a relação do filho com a menina. Ainda sem saber como resolver o problema da promessa e chegam a pensar em falar com o papa. Escobar é quem encontra a solução: no lugar do amigo, um órfão é enviado ao seminário, assim a promessa se cumpre e Bento não será padre.
               Ao estar livre da promessa da mãe, aos 18 anos Bento vai estudar direito no Largo de São Francisco, em São Paulo, e quando ele conclui os estudos, aos 22, torna-se Bacharel em direito e em 1865 ele finalmente casa-se com Capitu. Escobar, por seu lado, casara-se com Sancha, uma grande amiga de Capitu.
Mas felicidade do casal começa a ser ameaçada com a demora em ter um filho. Escobar e Sancha não encontram a mesma dificuldade, tiveram uma bela menina, a quem colocam o nome de Capitolina.
Depois de alguns anos, Capitu finalmente teve um filho, e o casal pode retribuir a homenagem que Escobar e Sancha lhe haviam prestado, portanto o filho é batizado com o nome de Ezequiel.
               Os casais passaram a conviver intensamente, até que Bento vê uma semelhança terrível entre o pequeno Ezequiel e seu amigo Escobar, que, numa de suas aventuras na praia o personagem, que era excelente nadador, morre afogado Bento vê no filho a figura do amigo falecido e fica convencido de que fora traído pela mulher. Resolve suicidar-se bebendo uma xícara de café envenenado, e quando Ezequiel entra em seu escritório, passa em sua cabeça a ideia de envenenar a criança, mas desiste. Estressado diz ao garoto, então, que não é seu pai, e Capitu escuta tudo e lamenta-se pelo ciúme de Bentinho, que, segundo ela, fora despertado pela casualidade da semelhança.
E após muitas discussões o casal resolve se separar, e arrumam uma viagem para Suíça com o intuito de encobrir essa situação, mas somente o Bento que volta para o Brasil, e ele vai se tornando cada vez mais amargo.
               Capitu morre no exterior e Ezequiel tenta reatar contato com pai, mas Bento mesmo magoado fica feliz e recebê-lo, e Ezequiel acaba morrendo de febre tifoide durante uma pesquisa arqueológica em Jerusalém.
Triste e nostálgico, Bento constrói uma casa igual a de sua infância, e tenta encontrar um novo sentido para a vida, mas no fim o narrador parece menosprezar um pouco a própria criação. Mesmo com todas essas tragédias vividas, Bento tenta viver o melhor que pode, mas nenhuma outra pessoa o fez esquecer Capitu. Convence-se de que o melhor a fazer agora é escrever outra obra sobre “ À História dos Subúrbios".
               E termina a obra dizendo: "... a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, tão extremosos ambos e tão queridos também, quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me... A terra lhes seja leve! Vamos À História dos Subúrbios"